Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2000 Leanne Banks
© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.
Um Amor Imprescindível, n.º 712 - Novembro 2014
Título original: Expecting the Boss’s Baby
Publicado originalmente por Silhouette® Books.
Publicado em português em 2006
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-5883-1
Editor responsável: Luis Pugni
Conversão ebook: MT Color & Diseño
www.mtcolor.es
Página de título
Créditos
Sumário
Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Volta
Durante a reunião de antigos alunos, o director apresentou-os como os três que mais êxito tinham tido em toda a história do Lar Granger e, portanto, eles eram verdadeiros modelos a seguir para os mais jovens. «Eles» eram Dylan Barrow, Justin Langdon e Michael Hawkins. Este último não tinha conseguido deixar de pensar no comentário sobre os «modelos a seguir». Unidos pelo seu passado comum, prosperidade e contas multimilionárias, os três brindaram ao seu êxito no bar O’Malley.
Justin, um guru da bolsa, ergueu a sua caneca de cerveja.
– Felicidades, Dylan – disse. – Aposto que ficaste surpreendido ao descobrires que o teu pai era o famoso Archibald Remington, dono de uma das mais maiores empresas farmacêuticas do mundo.
Dylan assentiu com uma expressão cínica. Michael considerava que, dos três, Dylan era o que melhor dava a imagem de homem rico e próspero. Ocultava muito bem as suas duras origens, embora Michael conseguisse vislumbrá-las sob a superfície, pois eram similares às suas.
– O meu pai era um cobarde muito rico – disse Dylan. – Só me reconheceu como filho às portas da morte. Deixou-me muito dinheiro, um cargo na direcção de uma empresa que não quer saber nada de mim e uns irmãos horrorizados pelo escândalo que represento. Tudo tem o seu preço.
Michael não podia culpar Dylan pela sua atitude. Não se lembrava de nenhum rapaz do Lar Granger que não tivesse desejado ter um pai. Aquele era um dos pormenores amargos que os unia. Nenhum dos três tinha pai. Afastou da sua mente aquele pensamento deprimente.
– Como comemoraste o teu triunfo? – perguntou a Justin, que começou a sua riqueza investindo pequenas quantias na bolsa.
– Acho que não cheguei a comemorá-lo. Vivi durante anos com muito pouco dinheiro e num bairro pobre, para poder investir tudo na bolsa, e não fiz nada de especial quando atingi o primeiro milhão. Quando consegui o segundo, mudei-me para um bairro em que não é preciso ter grades nas janelas. E tu? Como celebraste o êxito da tua empresa na Internet?
Segundo a imprensa e o discurso do director do Lar Granger, Michael era um génio dos computadores que enriquecera da noite para o dia montando um negócio na Internet. Mas ele sabia melhor que ninguém quanto esforço e trabalho lhe custara chegar onde estava.
– Dormi oito horas seguidas pela primeira vez em três anos.
Dylan abanou a cabeça, pensativo.
– Eu pensava que ter dinheiro resolveria tudo.
– Resolve muitas coisas – disse Justin.
– Mas tem de haver algo melhor que isto. Não te sentiste uma fraude quando o director não parava de insistir no exemplo que representávamos?
Michael sentia o mesmo vazio e a mesma insatisfação que Dylan. O dinheiro trouxera-lhe uma fama que não queria, uma grande carga de impostos e a sensação de que nunca encontraria o que procurava. Fosse isso o que fosse.
– Para o que nos está a servir, melhor seria deitá-lo fora.
Justin quase se engasgou com a cerveja.
– Isso seria uma imprudência.
Dylan pôs a cabeça de lado.
– Não é má ideia. Onde? Em Las Vegas ou em Atlantic City?
Justin olhou para Michael e depois para Dylan.
– Pode saber-se que estiveram vocês a beber?
– O Michael tem razão. Chega um momento em que acrescentar zeros à conta corrente deixa de ser divertido. Até agora, o que mais me divertiu foi comprar um carro e uma casa para a minha mãe. Nenhum de nós é casado nem tem família.
– O casamento é o aspirador gigante das finanças – disse Justin num tom alarmado.
Michael sentia a mesma rejeição pelo dinheiro, embora por motivos diferentes. Tinha conquistado honradamente a alcunha de Homem de Ferro. Embora desconfiasse do lado emocional, sentia crescer em si uma ideia extravagante.
– Em vez de irmos a Las Vegas, poderíamos tornar-nos o tipo de benfeitores com que teríamos gostado de ter contado quando estávamos a começar.
Dylan observou-o durante um longo momento e os seus lábios curvaram-se num lento sorriso.
– Se uníssemos os nossos recursos poderíamos fazer grandes coisas.
– Um momento – disse Justin, claramente preocupado. – Unir os nossos recursos?
– Poderíamos deduzir muito nos impostos – disse Michael e a expressão de Justin ficou logo mais suave. – Deveríamos criar uma espécie de clube secreto de milionários.
– Uma fundação secreta de milionários com dedução de impostos – esclareceu Justin de imediato.
– Vamos fazer isso – insistiu Michael. Nunca tivera uma ideia tão clara sobre o que queria desde que começara o seu negócio e contratara a sua secretária, Kate Adams. Ela era uma das poucas pessoas no planeta em que podia confiar, e se ele fosse um homem diferente, um homem com coração, a relação deles poderia ter chegado a ser algo mais do que meramente profissional. Uma noite chegou a sê-lo mas, felizmente, Michael recuperou o senso comum na manhã seguinte e conseguiu salvar a relação profissional.
– Eu entro – disse Dylan, e fez um sinal com a cabeça ao empregado. – Sirva outra rodada.
Um silêncio prolongado seguiu-se às suas palavras enquanto ele e Michael olhavam para Justin com uma expressão expectante.
– Está bem, está bem – disse este, por fim. – Mas se as coisas não correrem bem, não me venham depois com lamentos.
– Saúde – disse Michael, e ergueu o seu copo com um estranho sentimento de antecipação. – Ao Clube dos Milionários.