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Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2005 Brenda Streater Jackson

© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.

Segredos de família, n.º 719 - Dezembro 2014

Título original: The Chase Is On

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2006

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-5889-3

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Capítulo Onze

Epílogo

Volta

Prólogo

 

Dezoito anos antes…

 

 

– Nunca confies num Graham.

Chase Westmoreland, com os seus dezasseis anos, sentou-se num banco ao balcão do restaurante do seu avô. O velhote disse-lhe aquilo enquanto punha à sua frente um grande copo de leite e um prato cheio de bolachas.

– Porquê? O que aconteceu, avô? – perguntou Chase enquanto atacava o prato de bolachas.

– O que aconteceu? Eu conto-te o que aconteceu. Carlton Graham roubou-nos algumas das nossas receitas secretas e passou-as ao Donald Schuster.

Chase parou de comer e esbugalhou os olhos. Ele sabia quanto significavam as receitas dos Westmoreland para o seu avô.

– Mas o senhor Graham é teu amigo.

Scott Westmoreland franziu o sobrolho.

– Agora já não é. Há dois meses que a nossa amizade e a nossa sociedade acabaram. Nunca pensei que viveria para ver como me ia trair desta forma.

Chase deu um bom golo de leite.

– Tens a certeza que foi ele?

Scott Westmoreland assentiu com a cabeça, com expressão de pena e desilusão.

– Sim, tenho a certeza. Disseram-me que o Schuster incluiu um par de pratos novos que sabiam como os meus na sua ementa e fui investigar.

– E o que é que aconteceu?

– São as minhas receitas. O Schuster não sabe de onde saíram, mas eu sei que são as minhas.

Chase abanou a cabeça com pena. Ele sempre simpatizara com o senhor Graham e as suas bolachas eram as melhores do mundo. As do avô eram boas, mas as de Graham tinham algum ingrediente especial que as tornava deliciosas.

– Disseste alguma coisa ao senhor Graham?

– Naturalmente, mas ele nega tudo, embora eu saiba que é mentira. Ele é a única pessoa que conhece os ingredientes que eu uso. Deve estar com a consciência pesada e por isso vai deixar a cidade com a família.

– Os Graham vão-se embora? – perguntou Chase com os olhos fora das órbitas.

– Sim, e ainda bem. Não vou ter pena se nunca mais voltar a ver um Graham. Como te disse, não são flor que se cheire. Lembra-te sempre disto.

Capítulo Um

 

Na actualidade

 

 

Tinha de repensar a sua situação, disse para si Chase Westmoreland, enquanto se dirigia ao parque de estacionamento do seu restaurante. Aqueles seis meses de abstinência deviam ser o motivo do seu mau feitio.

Não tinha nada a ver com que, nos últimos anos, todos os seus irmãos e a sua irmã tivessem casado. Até o seu primo Jared, um solteiro recalcitrante e advogado especialista em divórcios, caíra naquelas redes. Chase estava farto de que diversos familiares olhassem para ele com um sorriso condescendente. Se esperavam que ele fosse o próximo, podiam esperar sentados. Também não ajudava muito que os seus irmãos tivessem o descaramento de lhe dizer que mudaria de opinião quando encontrasse a mulher certa. Ele respondia-lhes sempre que a mulher certa não existia.

– Que raio…!

Chase travou bruscamente no meio do parque de estacionamento, que fervilhava de actividade. Esquecera-se de que alguém tinha comprado o edifício que estava a uns metros do seu restaurante e tudo parecia indicar que estavam a fazer uma mudança.

Fazia agora umas semanas desde que lhe tinham dado a notícia de que ia ter um novo vizinho.

Não ficou surpreendido. Atlanta era uma cidade de renome internacional que conseguira manter o seu encanto sulista. Aquela zona do centro, onde estava o seu restaurante, era especialmente boa para ter um negócio. Se bem se lembrava, iam abrir uma pastelaria. Quando soube, as suas ânsias de comer chocolate aumentaram, mas ao ver aquela confusão, a ideia dos doces tornou-se amarga.

Por todo o lado, havia carrinhas de mudanças que ocupavam os lugares que os seus clientes podiam precisar para estacionar. Eram seis da manhã e tinha muita clientela para tomar o pequeno-almoço. Era uma grande maçada que não os deixassem estacionar. Felizmente, ele tinha um lugar reservado à frente do restaurante. Respirou fundo para se acalmar, enquanto um camião lhe bloqueava a passagem. Era segunda-feira, um mau dia para pôr à prova a sua paciência. Ia apitar, quando uma mulher que saiu do edifício captou a sua atenção. Por um momento, esqueceu-se da sua fúria, mais ainda, quase se esqueceu de respirar. Olhou-a de cima a baixo enquanto ela falava com o motorista do camião. Era uma mulher e peras. Tinha vestido um avental curto de padeira, e ele confiou em que estivesse de saia e uma lufada de vento lhe mostrasse o que se encontrava por baixo. Esboçou um sorriso. Mesmo de avental podia adivinhar que tinha uma figura impressionante. Quando reparou na sua cara…

Notou que um calor o escaldava ao ver um rosto que era demasiado belo para ser descrito por palavras. Tinha os olhos cor de mel e uns lábios carnudos pintados de cor de framboesa. Ele quis sair do carro e esborratar-lhe o batom com um beijo. O seu cabelo era uma massa de caracóis castanha escura que lhe caía sobre os ombros. Pela primeira vez desde há muito tempo, Chase deu por si fisicamente alterado perante a beleza de uma mulher.

Tomou ar e reconsiderou. Ele era um homem de trinta e quatro anos e de sangue ardente, e não tinha mal nenhum reagir perante um estímulo visual. Mas não podia permitir que um par de pernas maravilhosas e uma cara impressionante lhe sugassem o juízo. Só tinha de lembrar o seu último ano da faculdade e Íris Nelson. Lembrar-se de Íris devolvia-lhe o bom senso.

Suspirou profundamente e voltou a olhar para ela a dar marcha-atrás com o carro e a rodear o camião. Assim que entrasse no restaurante, ia beber um café bem forte. Embora tivesse gostado de ver que não tinha aliança, o que o alegrara bastante, mais do que a conta.

 

 

Jessica Claiborne sorriu e olhou demoradamente para a sua loja. Já estava pronta para a inauguração, na manhã seguinte. Passara o dia a confirmar que estava tudo em ordem e contratara dois estudantes para que distribuíssem folhetos publicitários pela zona. Como pretendia fazer todos os seus produtos no próprio dia, ligara para o hospital infantil para doar no dia seguinte tudo o que não se vendesse. Além disso, assinara um contrato com dois hotéis na cidade e com uns cafés, para lhes fornecer a doçaria que precisassem.

Olhou através da montra. Estava um dia lindo de início de Outubro. Tudo estava colocado e, naquela manhã, tinham ido pintar o nome da loja na montra. Chamara-lhe Desejos Irresistíveis e ficaria eternamente grata à sua avó por ter permitido que o seu sonho se tornasse realidade.

Sentia sempre uma grande tristeza ao lembrar-se da sua avó, que adorava, e da herança que lhe deixara ao morrer, um ano antes, no mesmo dia em que ela fazia vinte e cinco anos. Aquele dinheiro permitira-lhe deixar o trabalho esgotante de advogada comercial em Sacramento e realizar o seu sonho de abrir a sua própria pastelaria.

Cheirou o chocolate acabado de fazer. Já tinha tirado uma fornada de bolos, mas do que mais gostou foi de fazer uns biscoitos de chocolate para levar a todos os vizinhos, como pedido de desculpas pelo incómodo causado durante a mudança.

A senhora Morrison, que tinha o atelier de costura na porta do lado, aceitara as desculpas, mas não as bolachas porque era alérgica ao chocolate, embora adorasse experimentar a sua torta de frutas. Os irmãos Criswell, que tinham a academia de karaté, aceitaram elegantemente as desculpas e as bolachas, deram-lhe as boas vindas ao bairro e ofereceram-se para proteger a sua loja. Só restava o proprietário do Chase’s Place. Jessica esperou que fosse tão compreensivo como a senhora Morrison e os irmãos Criswell e que gostasse de doces.

Pegou na caixa com um sortido de especialidades, saiu e fechou a porta à chave. Contratara uma ajudante a tempo parcial, uma senhora mais velha que iria durante a hora de almoço, quando havia mais trabalho.

Era a primeira hora da tarde, mas sabia que o restaurante estava cheio e esperava que isso a beneficiasse quando as pessoas soubessem que a sua loja estava aberta. Assim que entrou, pôde cheirar o maravilhoso aroma da comida e apercebeu-se de que não comera nada desde o pequeno-almoço. Gostou logo do que viu no Chase’s Place. Era um restaurante muito grande que conseguia conservar o ambiente caseiro. Cada mesa estava iluminada com uma pequena luz e as toalhas combinavam com as cortinas. Havia um balcão enorme com bancos altos e ouvia-se uma suave música jazz.

– Bem-vinda ao Chase’s Place, onde encontra a melhor comida sulista. Vai comer cá ou é para levar?

Jessica sorriu para a jovem que a recebia.

– Sou a dona da pastelaria que está um pouco mais abaixo e trago uma pequena oferta para o dono, pelo incómodo que lhe possa ter causado a minha mudança.

– Ah, é o Chase. Está no escritório. Queira-me acompanhar, eu indico-lhe o caminho.

– Obrigada.

Jessica seguiu-a até às traseiras do restaurante. Tudo parecia muito arrumado, até mesmo o armazém que atravessaram. A empregada bateu à porta.

– Quem é? – perguntou uma voz profunda e rouca.

– Sou a Donna. Tem aqui uma visita.

– Céus, até me espanta como é que alguém conseguiu chegar até aqui com o caos que está instalado no parque de estacionamento. Penso ir dizer três ou quatro coisas ao meu vizinho por todos os problemas que me arranjou nos últimos dias. Não conheci ninguém com tal falta de consideração, nem sequer consegui meter os meus pedidos…

Chase parou de falar quando abriu a porta e a mulher que tinha visto na segunda-feira de manhã entrou, perante o olhar atónito de Donna.

– Acho que já poupou a viagem. Pensava, dadas as circunstâncias, que podia ser tão compreensivo como os outros vizinhos e…

 

 

Chase deixou de a ouvir assim que ela transpôs a porta. Sentiu que todo o seu corpo fervia e só teve olhos para os calções e o top que ela tinha vestidos.

Piscou os olhos. Quanto mais próximo estava dela, mais gostava, especialmente dos lábios húmidos cor de framboesa. Estava irada e incrivelmente sexy.

Além dos olhos cor de mel e da cabeleira encaracolada e escura que lhe caía em cascata, tinha umas maçãs do rosto perfeitas e um nariz descarado e muito atractivo. Não pôde evitar pensar que aquela boca tinha uma forma muito sedutora e que estava mesmo a pedir um beijo.

– Espero que se engasgue!

Uma caixa golpeou-lhe o peito e ele regressou à realidade, mas demorou um segundo a aperceber-se que a sua visita se estava a ir embora. Quando a porta bateu, ele olhou para Donna, que tinha um ar estupefacto.

– Que raio foi que disse?

– Acho, chefe – respondeu ela enquanto tentava conter uma gargalhada, – que acabou de levar uma descasca. Não posso acreditar que não ouviu.

Ele limitou-se a olhar para a caixa.

– Isto devia ter sido um gesto conciliador – explicou-lhe Donna. – Veio para se desculpar pelo incómodo dos últimos dias. Acho que foi um detalhe de boa vizinhança. Acho que ela esperava que fosse mais compreensivo.

Chase assentiu com a cabeça e sentiu remorsos por não ter sido, mas estava há uma semana de mau humor e desafogara-se nela. Era uma mulher e a falta de uma mulher era a origem dos seus problemas.

Não era um mulherengo como o seu irmão gémeo Storm, mas normalmente podia puxar da sua agenda e ligar para algumas mulheres que, como ele, estavam mais interessadas em divertir-se do que em casar. Contudo, por um estranho motivo, isso não lhe apetecia minimamente. A última mulher com quem namorara fizera tenções de casar com ele. Passou a mão pela cara. Para algumas mulheres, os Westmoreland solteiros eram como um desafio. O seu irmão Storm, antes de ter conhecido a sua mulher, Jayla, dizia sempre que ele desfrutava demasiado com as mulheres para escolher uma só. Chase confiava ter aprendido com os erros, e o maior tinha sido Íris Nelson.

Quando estava na universidade, parecia destinado a ter um grande futuro no basquetebol, mas quando se lesionou, deixou de ter interesse.

Com os anos aprendera a ter medo das mulheres que entravam numa relação para ver o que conseguiam tirar dela, e que desapareciam quando as coisas se complicavam. As mulheres tinham passado a ser uma coisa secundária na sua vida, para que não lhe voltassem a partir o coração.

– O que é que vais fazer? – perguntou-lhe Donna.

Não fazia a mínima ideia. Só sabia que devia uma desculpa à sua vizinha.

– Diz ao Kevin para preparar um especial do dia para levar, e que seja generoso com a dose.

– Acha que a vai amolecer com comida? – perguntou Donna entre risinhos.

Ele olhou para a caixa, que continuava a segurar entre as mãos, e cheirou o delicioso aroma a chocolate.

– Não foi isso que ela tentou fazer?

Donna olhou para ele por um instante antes de abanar a cabeça e ir embora. Chase deixou a caixa na mesa e comfirmou que a loja se chamava Desejos Irresistíveis, um nome muito adequado, a julgar pela dona…

Abriu a caixa e imediatamente, rendeu-se aos doces.

Efectivamente, devia uma desculpa àquela mulher e ia tratar disso antes do dia acabar.

 

 

Aquele homem era insuportável. Jessica respirou fundo para não se enfurecer mais ainda. Como se atrevia ele a dizer que era uma desconsiderada? Era uma das pessoas mais consideradas que conhecia. Por isso deixara o seu emprego tão bem remunerado na empresa. Cansara-se de lutar por coisas nas quais não acreditava e de pôr os benefícios da empresa à frente dos interesses dos clientes.

Além disso, a consideração que tinha pelos desejos da sua família tinham-na levado a procurar membros da família Westmoreland para desfazer a injustiça que lhe atribuíam há anos. Atreveram-se a dizer que o seu avô era um homem desavergonhado! Fora o homem mais honesto que conhecera na sua vida e, se pudesse, ia dar um grande raspanete aos Westmoreland. Antes de falecer, a sua avó obrigara-a a jurar que iria até Atlanta para limpar o nome dos Graham sem declarar a Terceira Guerra Mundial, e pensava fazê-lo. E após ter estudado a cidade, decidiu que Atlanta até podia ser um bom sítio para viver.

Suspirou quando se lembrou do dono do Chase’s Place. Lembrava-lhe o seu chocolate mais saboroso e sabia que, se ficara daquela maneira com ele, fora porque não se pudera abstrair da sua impressionante beleza. Embora fosse insuportável, tinha de admitir que era bonito até dizer basta. Lembrara-lhe que ela era uma mulher, coisa que tentava esquecer com frequência.

Não tinha o mínimo interesse em sentir-se atraída por um homem. Ela aprendera a lição, embora a sua mãe não a tivesse aprendido. Jeff Claiborne até podia ter sido o homem que a gerou, mas também era o homem que tivera a sua mãe na corda bamba durante quinze anos, com a promessa de casamento. Quando Jessica nasceu, ele deu-lhe o seu apelido, mas a sua mãe conservara o Graham.

Foi preciso que o seu avô pagasse a um detective para saber que Jeff Claiborne nunca casaria com a sua mãe, porque já era casado com uma mulher que vivia em Filadélfia. A notícia foi um golpe muito violento para a sua mãe, tão violento que nunca se recuperou.

Com quinze anos, Jessica foi ao enterro da mãe e prometeu a si própria que nunca entregaria o seu coração a homem nenhum. Nunca se deixaria enganar por alguém tão mentiroso como o seu pai, um ser capaz de se aproveitar de um amor verdadeiro.

O seu avô, furioso e ofendido pelo que Jeff Claiborne fizera, ocupou-se de que aquele homem não ficasse impune. Foi visitar a mulher de Jeff e mostrou-lhe um documento que provava que o seu marido a enganava. Jennifer Claiborne, uma mulher de bom coração, não pensou duas vezes e divorciou-se do homem com quem fora casada durante dezoito anos. Além disso, Jennifer encarregou-se de que Jessica entrasse na sua família, conhecesse a irmã e o irmão, e de que Jeff contribuísse para a sustentar. Também soube que Jennifer tinha sido fundamental para que lhe atribuíssem a bolsa de estudos quando acabou o liceu.

Savannah e Rico eram uns verdadeiros irmãos para ela e Jennifer era como uma segunda mãe. Sabia que podia sempre contar com a sua família de Filadélfia.

Jessica ouviu bater à porta e franziu o sobrolho. Estava a escurecer, mas podia ver através da montra que aquela visita inesperada era o homem do restaurante.

Não fazia tenções de abrir. Desde que tinha chegado a Atlanta, há duas semanas atrás, pensou que finalmente tinha encontrado a tranquilidade, mas ele começava a convecê-la do contrário.

Voltou a ouvir a porta e decidiu que não se ia esconder. Ia encarar os problemas, como sempre fizera. Ele tinha ido até ali e pensou que ia ter de ser simpática, já que se iam cruzar muitas vezes. Aquele edifício não era apenas um local de trabalho, mas também ia ser a sua casa, graças ao apartamento que estava no andar de cima.

Decidiu que ele já tinha esperado suficiente, foi até à porta e abriu.

– O que é que o senhor quer?