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HarperCollins 200 anos. Desde 1817.

 

Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

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28001 Madrid

 

© 2008 Cathy Williams

© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Coração puro, n.º 1174 - dezembro 2017

Título original: Rafael’s Suitable Bride

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

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Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.

Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-9170-394-5

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Epílogo

Se gostou deste livro…

Capítulo 1

 

Num dia em que a maioria das pessoas tentava estar longe da estrada, Rafael Rocchi decidiu prescindir da comodidade do comboio e conduzir o seu Ferrari. Raramente tinha oportunidade de o levar e, quando podia, tirava-o da sua garagem de Londres, onde o seu motorista, Thomas, o mantinha reluzente.

Conduzir até casa da sua mãe seria perfeito. Poderia perder-se no prazer de estar sentado ao volante de um carro tão poderoso como um cavalo selvagem. Não havia nada como aquela sensação de liberdade, inestimável para ele, em contraste com a sua vida diária tão estruturada. Dirigir o império Rocchi, que geria sozinho desde que o seu pai morrera, oito anos antes, não era precisamente uma experiência libertadora, mas tensa e satisfatória.

Desligou o telemóvel e optou por ouvir música clássica, sempre atento às condições da estrada. Nos últimos dias vira como a neve cobria todo o país e, embora não estivesse a nevar, os campos continuavam brancos enquanto seguia a sua viagem para norte.

Estava absolutamente convencido da sua habilidade para controlar o Ferrari naquelas estradas sinuosas, tal como estava seguro da sua capacidade para controlar cada aspecto da sua vida. Provavelmente por isso, com trinta e seis anos, já era uma figura lendária no mundo dos negócios, temido tanto pela sua inflexibilidade como pela sua inteligência.

Até havia ocasiões em que pensava que as mulheres o receavam da mesma forma, o que pensava ser algo positivo. Um pouco de receio nunca fizera mal a ninguém e era bom certificar-se de que uma mulher soubesse quem controlava a relação. Se é que aventuras de seis meses podiam considerar-se relações. A sua mãe preferia descrevê-las de outra forma e era a razão que pensava que tivera para dar essa grande festa depois do Natal: levantar o espírito de todos, pois, segundo as suas próprias palavras, não havia mês mais aborrecido do que o de Fevereiro.

Era óbvio que a sua intenção era fazer de casamenteira, apesar de Rafael lhe ter deixado bem claro mais de uma vez que gostava da sua vida tal como estava. No entanto, para a sua mãe, italiana tradicional apesar de viver em Inglaterra há décadas, estar solteiro e sem filhos com a sua idade não podia representar uma situação feliz. Ela casara-se com vinte e dois anos e, com vinte e cinco anos, já o tinha e teria trazido vários filhos ao mundo se o destino não lhe tivesse negado essa possibilidade.

Também insistira para que fosse à festa, o que era detestável, contudo, a sua mãe era a única pessoa que respeitava de forma incondicional no mundo. Por isso, ali estava, pelo menos, a desfrutar da experiência de chegar até ali, embora depois morresse de aborrecimento.

A sua mãe nunca conseguira aceitar a verdade de que gostava das mulheres quase exclusivamente pela sua aparência. Gostava de mulheres altas, loiras, complacentes e, o mais importante de tudo, temporárias.

Ao fazer uma curva no caminho que levava até à propriedade campestre da sua mãe, teve de travar ao ver um carro que saíra do caminho. O Ferrari virou e parou a menos de um metro do outro carro que, como pôde ver assim que saiu do seu carro, era um Mini velho.

Pelo menos, havia alguém sobre quem podia descarregar a sua raiva. Alguém que estava de pé do outro lado do Mini, a olhar para ele com uma expressão assustada. Uma mulher. «Típico», pensou.

– O que raios se passou? Está ferida? – a mulher avançou e pestanejou. – E então? – perguntou ele. Então pensou que o melhor que podia fazer era tirar o seu carro do sítio caso outro veículo aparecesse pela curva. Embora o caminho estivesse sempre deserto, não fazia sentido correr riscos. – Tenho de ir tirar o meu carro dali – disse à mulher.

Quando saiu do Ferrari, já estacionado, descobriu que ela desaparecera.

Cada vez mais irritado, rodeou a parte traseira do Mini e encontrou-a ajoelhada no chão, procurando alguma coisa com a ajuda da luz do seu telemóvel.

– Lamento – disse. – A sério. Está bem? – olhou para ele uns instantes e voltou a concentrar-se na sua busca.

– Faz ideia de como é perigoso deixar o seu carro aí? – apontou para o Mini com secura.

– Tentei mexê-lo, sério, mas as rodas não paravam de derrapar – levantou-se e mordeu o lábio, nervosa.

Nesse momento, conseguiu ver que a mulher era baixa e gordinha, o que não melhorou nada os seus níveis decrescentes de paciência. Se fosse alta e bonita, o seu encanto talvez se tivesse activado automaticamente. No entanto, naquele instante, a única coisa que conseguiu fazer foi olhar para ela com uma expressão de desagrado.

– Então, decidiu deixá-lo onde estava, indiferente ao risco a que submetia qualquer outra pessoa que pudesse aparecer por aquela curva, e decidiu começar a remexer no caminho? – perguntou com sarcasmo.

– De facto, não estava a remexer no caminho. Estava… Esfreguei os olhos e perdi uma lente de contacto. Venho a conduzir de Londres. Devia ter vindo de comboio, mas pretendo partir amanhã bem cedo e não queria ter de acordar alguém para que me levasse à estação de comboios – olhou para ele, ansiosa. – A propósito, olá! – estendeu uma mão pequena e observou o desconhecido com mais atenção.

Era o estranho mais bonito que vira em toda a vida. De facto, bem poderia ter saído da capa de uma revista. Era muito alto e levava o cabelo escuro penteado para trás, para afastar qualquer distracção da beleza da sua cara, da sua cara carrancuda.

Cristina não conseguiu evitar esboçar um sorriso, impassível perante a sua expressão antipática.

Rafael ignorou a sua mão.

– Vou levar o seu carro para um lugar menos perigoso e depois é melhor ir no meu. Penso que vai na mesma direcção que eu. Só há uma casa ao fundo deste caminho.

– Oh, não precisa de fazer isso – murmurou Cristina.

– Não, não preciso, mas vou fazê-lo porque não quero ter o aborrecimento de uma consciência pesada, caso pegue no seu carro quando não vê nada e venha a ter um acidente.

Virou-se, indiferente ao interesse com que Cristina o observava, enquanto fazia o que ela tentara fazer sem sucesso durante meia hora.

– Isso foi brilhante – disse depois com sinceridade.

Rafael sentiu que parte do seu aborrecimento se dissipava.

– Nada disso – respondeu. – Mas, pelo menos, o maldito carro já se encontra num lugar mais seguro.

– Agora eu já posso conduzir – reconheceu. – Quero dizer, tenho uns óculos na mala. Ando sempre com eles porque nunca sei quando as lentes de contacto vão começar a incomodar-me. Usa lentes de contacto?

– O quê?

– Esqueça – franziu levemente o sobrolho ao considerar o aspecto que oferecia e o que ainda tinha pela frente.

– E então? – Rafael esperava junto do seu carro, com a porta do lado do acompanhante aberta, ansioso por deixar de falar num canto do caminho com o vento a assobiar à sua volta.

Cristina avançou alguns passos, ainda com uma expressão ansiosa e relutante.

– É que… Bom… – estendeu as mãos. – Olhe para mim. Não posso chegar com este aspecto – quase não conhecia a sua anfitriã, Maria. Vira-a algumas vezes em Itália, quando vivera lá com os seus pais, antes de se ter mudado para Londres, e parecera-lhe uma senhora agradável, porém, não a conhecia suficientemente bem para lhe pedir que a ajudasse a arranjar-se porque perdera uma lente de contacto. Nesse momento, tinha as mãos sujas de mexer no chão, as meias rotas e nem sequer se atrevia a pensar no seu cabelo, já por si rebelde.

– Não seja ridícula – disse ele com desdém. – Não vou manter uma conversa sobre a sua aparência aqui fora, com esta temperatura – com amabilidade, decidiu não lhe indicar que havia muito pouco que pudesse fazer para parecer sexy. Tinha a compleição de uma pequena bola e o vento brincava de forma pouco lisonjeira com o seu cabelo.

No entanto, enquanto ela parecia imóvel numa espécie de agonia e indecisão, e como ele começava a sentir cada vez mais frio e impaciência, Rafael decidiu-se pela única solução possível.

– Tire as coisas do seu carro e eu certifico-me de que entremos pelas traseiras. Depois levo-a para um dos quartos de hóspedes e então poderá fazer o que for que pensa que deve fazer.

– A sério? – não conseguiu evitar admirar a astúcia e a consideração daquele desconhecido ao ter controlado a situação do seu carro e depois ao encontrar uma solução rápida para o problema do seu aspecto. Sim, era verdade que não irradiava vibrações de simpatia, contudo, enquanto tirava a sua mala de viagem e o casaco do seu carro, chegou à conclusão de que era perfeitamente compreensível. Afinal de contas, acabava de sofrer um susto terrível ao enfrentar o perigo de bater no seu Mini.

– Despache-se – Rafael olhou para as horas e apercebeu-se de que a festa já devia estar no seu auge.

Prometera à sua mãe que chegaria mais cedo, porém, certamente, as exigências do trabalho tinham destruído as suas boas intenções.

– É muito amável da sua parte – disse Cristina quando ele pegou na sua mala e casaco e os meteu no porta-bagagem.

Rafael não recordava a última vez que o tinham descrito como uma pessoa amável, porém, encolheu os ombros sem dizer uma única palavra. Depois arrancou.

– Como sabe onde é a entrada das traseiras?

Naquele momento, sentiu-se inclinado a explicar-lhe a relação que mantinha com a anfitriã. Era evidente que ela não fazia ideia da sua identidade e preferiu que continuasse assim. Pelo menos, por enquanto. Já conhecera mulheres suficientes na vida para quem o seu dinheiro fora como um afrodisíaco. Às vezes, era divertido, embora costumasse ser aborrecido.

– Não me disse como se chama – comentou, mudando de assunto e, ao olhar para ela, viu que corava e que parecia consternada.

– Chamo-me Cristina. Meu Deus! Sou tão mal-educada! Acaba de me salvar e eu nem sequer sou capaz de me apresentar! – tentou não ficar boquiaberta e agir como a mulher de vinte e quatro anos que era.

No entanto, todas as tentativas de sofisticação eram frustradas pela sua personalidade jovial e pela sua natureza impressionável. Conhecera muitos homens ao longo da sua vida por causa da sua educação privilegiada na Itália e depois por ter ficado com a sua tia em Somerset quando fora para o colégio interno. No entanto, a experiência que tinha com eles num plano de intimidade era limitada. De facto, era inexistente, por isso nunca chegara a adquirir o cinismo que surgia com o coração partido e as relações falhadas. Possuía uma fé inesgotável na bondade da natureza humana e, por isso, mostrava-se imperturbável à reacção pouco acolhedora dele.

– Como se chama? – perguntou com curiosidade.

– Rafael.

– Como conhece Maria?

– Porque se preocupa tanto com a impressão que vai causar? Conhece as pessoas que estão na festa?

– Bom, não… Mas… Não suporto a ideia de entrar numa divisão cheia de gente com as meias rotas e o cabelo despenteado – olhou para as suas mãos e suspirou. – As minhas unhas também parecem um desastre… E pensar que ontem fui ao cabeleireiro – sentiu que os seus olhos se enchiam de lágrimas e conteve-se para não chorar.

O instinto avisou-a de que se encontrava na presença de um homem que, provavelmente, não gostaria de ver uma desconhecida a chorar no seu carro.

No entanto, esforçara-se tanto. Como era nova em Londres e ainda não tinha nenhuma amizade sólida ali, o convite de Maria deixara-a muito entusiasmada e esforçara-se para se arranjar para a ocasião. Apesar das tentativas carinhosas da sua mãe, sentia que nunca conseguira estar à altura da posição social em que nascera. As suas duas irmãs, ambas casadas e com mais de trinta anos, tinham sido abençoadas com o tipo de beleza que requeria muito pouco trabalho.

Ela, por outro lado, crescera quase como um menino, mais interessada no futebol e em brincar nos jardins da casa dos seus pais do que nos vestidos, na maquilhagem e em todas as coisas de meninas. Mais tarde, desenvolvera uma paixão por tudo o que tivesse que ver com a natureza e passara muito tempo a seguir o jardineiro, perguntando-lhe todo o tipo de coisas sobre as plantas. Em algum momento, desconfiara que a sua mãe desistira da missão de transformar a sua filha mais nova numa dama.

– Não sei o que me fez pensar que conseguiria encontrar uma lente de contacto no chão, muito menos com neve – confessou. Depois olhou para as suas pernas. – Tenho as meias rotas e não trouxe outras. Suponho que não terá um par extra por aí…

Rafael olhou para ela e viu que estava a sorrir. Teve de reconhecer que tinha uma capacidade rápida de recuperação, já para não mencionar a habilidade intensa de ignorar o facto de que era óbvio que não se sentia inclinado a passar o resto do trajecto a falar sobre o seu aspecto.

– Não é o tipo de artigo com que costumo viajar – disse com seriedade. – Talvez… Talvez haja algum par extra em alguma parte da casa…

– Oh, certamente Maria tem gavetas cheias de meias, mas não temos precisamente a mesma compleição, não é verdade? Ela é alta e elegante e eu, bom, herdei a figura do meu pai. As minhas irmãs são totalmente o oposto. São muito altas e lindíssimas.

– Tem ciúmes? – perguntou.

Cristina riu-se.

– Meu Deus, não. Adoro-as, mas não mudaria nada da minha vida pela delas. Quero dizer, entre as duas, têm cinco filhos e uma vida social exagerada! Estão sempre em jantares e em cocktails, no teatro ou na ópera. Vivem demasiado perto uma da outra e ambas estão casadas com homens de negócios, o que significa que estão sempre em evidência. Consegue imaginar o que é nunca poder sair de casa sem uma tonelada de maquilhagem e roupa e acessórios a condizer?

Como as mulheres com quem ele saía nunca saíam do quarto sem uma camada completa de maquilhagem e acessórios a condizer, era capaz de entender esse estilo de vida.

Conseguiu ver a casa da sua mãe, uma mansão campestre de pedra amarela, com o pátio dianteiro cheio de carros, tal como a longa entrada para a casa. Mesmo na escuridão, era fácil apreciar a beleza e simetria da construção. Aguardou a previsível manifestação de espanto, porém, esta não se produziu.

Ficou um pouco surpreendido, porque, no passado, levara uma ou outra amiga e sempre que a casa se mostrava em todo o seu esplendor, invariavelmente, ouvira uma exclamação de espanto e deleite.

Ao olhar para ela, viu que Cristina brincava com o seu vestido, nervosa, e que o seu rosto mostrava a sua preocupação.

– Há imensos carros – comentou, inquieta. – Surpreende-me que tenha vindo tanta gente com este tempo – parecia inquieta e um pouco consternada. Não gostava de grandes acontecimentos sociais e este tinha aspecto de ser enorme.

– As pessoas daqui são mais duras – assinalou Rafael. – Os londrinos são muito brandos.

– Vive em Londres?

Assentiu e rodeou o pátio, dirigindo o carro para as traseiras.

– Pensei que poderia viver por aqui – comentou Cristina. – O que talvez pudesse justificar que conhecesse a casa e essas coisas.

Tentou concluir a sua observação lógica, contudo, a sua mente não parava de pensar no pequeno problema de se arranjar e ficar apresentável para toda a gente que estaria na festa… Já para não mencionar Maria, que fora bastante amável ao convidá-la.

Para seu alívio, a entrada traseira estava quase vazia.

– Tenho de lhe dizer que sou o filho de Maria – Rafael desligou o motor e virou-se para ela.

– A sério? – olhou para ele em silêncio durante uns segundos. Estava a pensar que Maria era uma mulher encantadora, amável e sincera, e esse tipo de pessoas costumavam ter filhos amáveis e sinceros. Esboçou um sorriso radiante, porque compreendeu que, independentemente da sua atitude seca, ele era muito amável. – A sua mãe é uma pessoa maravilhosa.

– Fico contente de que pense assim. Pelo menos, estamos de acordo nisso – sem lhe dar tempo para responder, saiu do carro e ajudou-a a fazer o mesmo, enquanto um homem apareceu de repente para tratar da bagagem.

Isso apenas podia significar que a sua mãe pedira que estivessem atentos à chegada do seu filho, o que era um aborrecimento, tendo em conta que, naquele momento, ele devia acompanhá-la a um dos quartos de hóspedes do primeiro andar… Qualquer quarto que estivesse desocupado, pois suspeitava que alguns convidados ficassem para passar a noite ali.

Manteve uma conversa breve e rápida com Eric, o mordomo, e depois fez um sinal a Cristina.

À luz do hall ficou surpreendido ao ver que, na verdade, não era a mulher comum que pensara que fosse quando a vira.

Certamente, ninguém poderia dizer que era bonita. Era demasiado… «robusta»… Não era precisamente gorda, mas de compleição sólida. Tinha um rosto alegre e quente e, embora ainda parecesse nervosa, percebeu que era uma pessoa dada a uma gargalhada fácil.

Tinha uns olhos enormes de um castanho lindíssimo.

De facto, era o equivalente humano de um cocker pequeno. A antítese dos galgos ágeis que ele preferia. Contudo, um acordo era um acordo e ele prometera ajudá-la a sair do apuro em que se encontrava.