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Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2004 Kristi Goldberg

© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.

A Promessa de Amor, n.º 698 - Setembro 2014

Título original: Unmasking the Maverick Prince

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2006

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-5427-7

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

Prólogo

 

No dia seguinte, Mitchell Edward Warner III, esperava sair de Harvard de uma vez por todas e regressar à fazenda no Oklahoma onde tinha passado todos os Verões desde que nascera. Fora lá que aprendera a montar a cavalo, onde começara a usar o laço sem partir muitos ossos e onde, aos quinze anos, tivera a sua primeira relação sexual com uma jovem da zona. Tinha sido perto do ribeiro e a adrenalina e as hormonas tinham disparado devido à excitação do perigo de ser apanhado em flagrante. Aos dezoito anos era um perito nas três coisas.

Aquilo de que nunca gostara fora de ser o que o seu pai queria que ele fosse, o herdeiro de uma poderosa dinastia política com quatro gerações. Fora por isso, e indo contra a tradição familiar, que decidira estudar Economia em Harvard em vez de Direito no Texas. Fora também por isso que se negara a entrar no mundo da política onde o seu pai e a traição eram os expoentes máximos.

Os gritos e o barulho que lhe chegavam do exterior indicavam-lhe que ainda não estava totalmente livre. Mas, em vez de se juntar à festa de celebração de final de curso, Mitch preferiu afastar-se com os seus dois amigos, Marc DeLoria e Dharr Halim, para o apartamento que os três partilhavam. O luxuoso apartamento não era a única coisa que tinham em comum: os três jovens detestavam a atenção dos meios de comunicação, não podendo evitá-los devido às suas ligações familiares. Sendo filhos de reis e de senadores, era quase impossível permanecerem no anonimato.

Enquanto a festa continuava lá fora, Mitchell levantou a taça de champanhe.

– Já brindámos ao nosso êxito. Agora proponho que brindemos a um futuro como homens solteiros.

Dharr levantou o seu copo.

– Eu brindo a isso.

Marc vacilou durante alguns segundos com a taça na mão.

– Que continuemos solteiros daqui a dez anos – brindou, levantando a taça e sorrindo. – E quem não continuar solteiro, terá que renunciar ao seu bem mais precioso.

A Mitch só lhe ocorreu uma coisa, uma coisa que valorizava mais do que qualquer objecto material, e eram muitos.

– Renunciar ao meu cavalo puro-sangue? – replicou Mitch. – Isso seria terrível.

Dharr também não parecia muito entusiasmado com a ideia.

– Suponho que teria de ser o meu Modigliani – disse, contemplando o quadro da mulher nua que estava pendurado na parede, sobre a cabeça de Mitch, – e devo confessar que também não gostaria de ter de o oferecer.

– Tem que ser assim mesmo, cavalheiros – disse Marc. – A aposta não faria sentido se não estivesse em jogo algo importante.

– Está bem, DeLoria. E tu, o que é que apostas?

Marc quase nem hesitou antes de responder.

– O meu Corvette.

Era um carro legendário e Mitch teve dificuldade em acreditar que ele se separasse dele.

– Serias capaz?

– Claro que não. Eu não vou perder a aposta.

– Nem eu – assegurou Dharr. – Dez anos parecem-me suficientes antes que me obriguem a casar para ter um herdeiro ao trono.

– Eu também não vou perder – disse Mitch. – Eu sempre hei-de evitar casar-me.

– Estamos todos de acordo? – perguntou Dharr, levantando a taça.

Mitch brindou com ele.

– De acordo.

Marc fez o mesmo

– Vamos dar início à aposta.

Mitch sorriu pela primeira vez em muitos dias. Companheiros até ao fim.

No fundo estava convencido que ganharia aos dois. Marc gostava demasiado de mulheres para não se deixar apanhar. E Dharr não tinha outro remédio senão ceder às pressões do seu pai e casar-se com a mulher que lhe tinham escolhido. No entanto, Mitch não tinha quaisquer pressões e tinha apenas que continuar com a sua vida.

A imprensa acabaria por se cansar de andar atrás dele se ele não lhes desse razões para tal. A sua intenção era perder-se no mundo real, numa pequena cidade do Oklahoma, onde poderia desfazer-se de todos os seus fatos e andar de calças de ganga e t-shirt. Passaria os serões nos bares da zona, onde as mulheres não esperavam mais do que um pezinho de dança ao som de música country e talvez uns bons momentos depois do fecho do bar. E, com alguma sorte, conseguiria que o deixassem em paz de uma vez por todas para que ele pudesse viver a sua vida como desejasse, entrando e saindo de qualquer lugar sem ser reconhecido.