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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2009 Nicola Marsh

© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

A mulher do milionário, n.º 1181 - Outubro 2015

Título original: The Billionaire’s Baby

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2009

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7513-5

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Capítulo 13

Se gostou deste livro…

Capítulo 1

 

Camryn Henderson odiava o dia de São Valentim. Era uma data destinada a fomentar o consumo. Todas as tolices dos corações e das flores eram para os estúpidos que acreditavam no amor, mas não para ela.

– Veio tanta gente hoje!

Camryn deixou de lavar a superfície de aço inoxidável que havia atrás do balcão e esboçou um sorriso cansado a Anna, a sua melhor empregada e amiga.

– Sim, foi o melhor dia do ano – apoiou-se no balcão, sentindo os pés doridos. As suas botas pretas de pele até ao joelho eram lindas e ajudavam a consolidar a sua fama de rapariga na moda que geria um dos cafés mais modernos de Melbourne, contudo, não eram confortáveis.

– Todos os cafés e restaurantes da zona estiveram cheios. É bom saber que o amor continua vivo.

Camryn conteve-se para não franzir o sobrolho ao ouvir a palavra «amor».

– Sim, é muito bom para o negócio, mas parece-me que é um pouco falso. Fazem toda esta agitação durante um dia, quando, durante o resto do ano, esses casais provavelmente nem se falam.

Há seis anos que trabalhava no dia de São Valentim, por isso vira-se obrigada a ver os casais a esboçarem sorrisos cúmplices, de mão dada, oferecendo rosas e até vira vários pedidos de casamento. Vira de tudo e experimentava um grande alívio por se ter afastado daquilo. No entanto, havia vezes, como naquele momento, quando o café ficava vazio e as velas estavam quase a apagar-se, que desejava voltar a ter o que tivera noutra altura, noutra vida.

– És a única mulher que conheço que detesta o romantismo – observou Anna. – Talvez devesses deixar que o Cupido te lançasse uma das suas setas.

– Nem pensar – já lhe lançara uma e tinha as cicatrizes para o provar. – Além disso, já encontrei o meu nicho.

Ambas desataram a rir-se quando Camryn agarrou num guardanapo preto, em que estava impresso «Café Nicho» num fúcsia atrevido, e atirou-o a Anna.

– O chefe é que sabe, já sei – disse Anna. – Queres saber o que acho?

– Vais dizer de qualquer forma – respondeu Camryn, enquanto preparava os cappuccinos que bebiam sempre antes de fechar.

– Acho que o Cupido gosta de desafios e tu, minha amiga, és um: a última rebelde. Não achas que seria um triunfo para ele se te apaixonasses por um homem?

– Isso não vai acontecer – se a sua amiga soubesse como já se sentira apaixonada por um homem e o que acontecera no dia de São Valentim… – Embora eu goste da ideia de ser rebelde. Dá-me vontade de me vestir de cabedal para trabalhar.

– Já o fazes – Anna olhou para as suas botas.

– Sim – Camryn fez uma careta enquanto mexia um pé. – Estão a matar-me.

– Não podemos estar bonitas sem sofrer um pouco – Anna apertou o cinto de argolas prateadas à volta da sua cintura larga e deu uma palmadinha com orgulho nas suas botas de cano alto. – Além disso, oxalá pudesse usar o que tu usas. Mas não fico bem com calças de ganga justas, tops de seda e botas altas.

– Estás óptima – afirmou Camryn, ao mesmo tempo que reconhecia para si que a roupa que costumava usar para trabalhar não favoreceria as curvas da sua amiga.

– Obrigada, querida. Deixa-me acabar de preparar os cafés enquanto despachas os últimos clientes. Não me parece que estejam à espera do Cupido – acrescentou Anna enquanto olhava para uma mesa ao lado de uma janela, de onde se podiam contemplar os edifícios espectaculares de Melbourne contra o horizonte.

Camryn desatou a rir-se ao olhar para os dois homens, Dirk e Mike, que eram clientes habituais e que se inclinavam sobre planos de casas estendidos na mesa.

– Nunca se sabe. Talvez estejam a planear construir a casa dos seus sonhos.

– Acho que não – disse Anna, ao ver que ambos levantavam a cabeça para uma loira de minissaia que passava pela rua. – Vá, leva-os com amabilidade para a porta para que possamos ingerir uma boa dose de cafeína, com os pés sobre uma cadeira, antes de fechar.

– Na verdade, falaram com uma pessoa para que venha esta tarde falar comigo sobre as obras que quero realizar no meu apartamento, portanto terei de ficar até que chegue. Porque não saltamos o café e vais para casa? Eu fecho tudo.

– Às suas ordens, chefe – Anna fez-lhe a saudação militar e sorriu. – Queres que desça as luzes para evitar que entrem mais clientes? E que apague o cartaz da entrada?

– Eu faço isso, obrigada. Boa noite.

Camryn olhou para o seu relógio de pulso. Esperava que a pessoa que ia coordenar as obras na sua casa chegasse em breve. Precisava que as reformas se fizessem o mais depressa possível e todos os profissionais que consultara estavam demasiado ocupados ou tinham tentando extorqui-la porque era uma mulher. Isso tirava-a do sério. Não teria chegado aonde se encontrava sem ser forte, independente e ambiciosa, uma coisa que os machistas não entendiam.

Estava a descer a intensidade das luzes quando um homem abriu a porta principal. «Óptimo, já chegou», pensou. Desligou o cartaz luminoso e agarrou nas chaves para fechar. Queria ter aquela reunião o quanto antes.

No entanto, ao aproximar-se da porta, deixou cair as chaves e perdeu a esperança de que aquela fosse ser uma reunião construtiva. O seu coração parou ao examinar de perto o homem que acabava de entrar. Tinha um aspecto desalinhado, com o cabelo despenteado pelo vento, e vestia roupa muito informal, umas calças de ganga gastas, t-shirt cinzenta e botas de trabalho muito usadas. Não fizera a barba naquele dia, tinha rugas à volta dos seus olhos cinzentos e covinhas ao lado de uma boca feita para sorrir, uma boca que lhe sorria, com um sorriso genuíno e quente, que nunca conseguiria esquecer por muito que tentasse.

Tentara fazê-lo durante seis longos e solitários anos. Contudo, no momento em que Blane Andrews entrou e lhe sorriu daquela forma que tão bem conhecia, reviveu a primeira vez que vira aquele sorriso, num dia de São Valentim. Uma época em que o sorriso quase nunca abandonava a cara de Blane, em que a enchia de atenções, em que estavam loucos um pelo outro.

Ao vê-lo ao fim de tantos anos, viu-se absorvida por um redemoinho de lembranças de amor, gargalhadas e sol num dia quente de Verão ao lado de um riacho, a comer cachorros quentes apoiados na parte traseira do velho Ford dele, enquanto contemplavam o pôr-do-sol e limpavam o ketchup dos lábios um do outro, de passeios de mão dada à sombra de imensos eucaliptos, indiferentes à beleza do ambiente, apenas conscientes da presença um do outro, de abraços e beijos, perdidos na perfeição deliciosa do primeiro amor.

Oh, sim, apaixonar-se por Blane fora um redemoinho de sensações excitantes até que o redemoinho a deixara perdida. Blane partira-lhe o coração e não queria voltar a sentir-se assim.

– Tudo bem, Cam?

– Referes-te a este momento ou aos últimos seis anos?

Tentou não mostrar como estava nervosa por o ver e por ter utilizado a abreviatura do seu nome, algo que só ele fazia. Baixou-se para pegar nas chaves ao mesmo tempo que ele e os seus dedos tocaram-se. Ela levantou-se de forma brusca e rápida e ele segurou-a pelo cotovelo para que não perdesse o equilíbrio. Aquele simples toque bastou para que as suas hormonas adormecidas entrassem em acção.

– Às duas coisas – observou-a atentamente como se procurasse a resposta, com aqueles olhos sinceros e bonitos que convidavam a confiar neles.

Ela, como uma estúpida, fizera-o uma vez.

– Estou bem – o que era uma mentira. Como podia estar bem quando o amor da sua vida, o homem que a abandonara sem nenhuma explicação, acabava de entrar no aniversário do dia em que lhe entregara o seu coração para que, apenas três meses depois, o devastasse? – O que fazes aqui? – perguntou.

– Vim ver-te.

Olhou para ele nos olhos e soube que dizia a verdade. Apesar de não o ver há seis anos, não se esquecera de que sabia sempre como se sentia ao olhar para os seus olhos azuis.

O índigo indicava felicidade, como a felicidade intensa e espontânea de que tinham desfrutado apenas durante doze semanas, o cobalto indicava franqueza, e acreditara quando lhe dissera que estariam sempre juntos e que a amaria para toda a eternidade, o violeta indicava paixão, a ligação alucinante e inesquecível que tinham partilhado.

Sim, recordava toda a gama de azuis e perdera-se neles até ele ter partido. Portanto, o que importava que, naquele momento, os seus olhos fossem azul-cobalto? O que importava a sua franqueza quando fora incapaz de falar com ela e explicar-lhe porque a abandonava?

Recuou para o obrigar a soltá-la. No preciso momento em que o fez, sentiu saudades do toque dos seus dedos. Era estúpido e irracional, contudo, o seu corpo abrandou ao sentir o seu toque, inclinou-se para Blane, reconhecendo num plano subconsciente o único homem que a conhecera intimamente.

– Vieste ver-me? Pois aqui estou. Como já me viste, porque não te vais embora?

– Não vais ver-te livre de mim assim tão facilmente – disse ele com um sorriso.

– Como da outra vez? – perguntou ela, enquanto se amaldiçoava por o ter dito. Semelhante explosão emocional indicava que ainda era importante, o que não era verdade. A última coisa de que precisava era que ele quisesse recuperar o passado.

Ele desatou a rir-se com aquela gargalhada quente que a reconfortava mais do que qualquer café. Depois de a ter abandonado, não parara de beber café para recuperar um pouco do calor que lhe proporcionava.

– Mereço isso.

– E tudo o que não te disse.

– Força. Desembucha.

– Não me tentes – brincou com as chaves sem saber se devia aceitar a sua oferta e dizer-lhe como ficara desconsolada, que o procurara durante um ano, que não deixara que nenhum outro homem se aproximasse por causa dele e das sequelas emocionais que a sua relação intensa deixara…

– Cam, sei que não queres mandar-me embora.

Incrível! Continuava a ler-lhe a mente. Parecia ter penetrado no mais profundo da sua alma e saber, melhor do que ela mesma, que não queria mandá-lo embora. Porque, embora desejasse que partisse e não voltasse, havia outra parte dela que ansiava saber onde estivera, o que fizera e porque destruíra o mundo perfeito que tinham construído juntos.

– Já não sabes o que quero.

– Mas gostaria de saber.

As suas intenções eram claras. Ela inspirou profundamente o seu cheiro tão familiar e fresco, a folhas de cedro molhadas pela chuva, e desejou apoiar a cabeça no seu ombro e acariciar-lhe o pescoço com o nariz, como costumava fazer. No entanto, ignorando o seu desejo intenso, abanou as chaves.

– Vou fechar.

– Estou a ver, mas temos de falar.

– Não temos nada a dizer um ao outro.

Porque, se o deixasse falar, explicar-lhe porque fugira, reviveria a dor, coisa que não estava disposta a permitir sob nenhum pretexto. Construíra uma nova vida durante aqueles anos, uma vida melhor, uma vida independente em que não precisava de nada nem de ninguém, e queria que continuasse assim.

Ele acariciou-lhe a face e os seus dedos provocaram-lhe um ligeiro calafrio de desejo. Recordava muito bem aquelas mãos endurecidas pelo trabalho acariciando o seu corpo, como eram suaves e excitantes, como rodeavam a sua cintura, a levantavam e a faziam girar, como eram fortes e seguras ao acariciá-la na primeira vez, como lhe tinham ensinado prazeres com os quais até então só sonhara…

– Não aceito um «não» como resposta.

Os seus dedos mantiveram-se por uns segundos deliciosos na sua pele antes que descesse a mão.

– Um café e vais-te embora.

– Está bem.

– Então diz-me o que queres beber e fá-lo depressa.

– Que bela forma de tratar os clientes – observou ele com um sorriso.

– Não és um cliente, és o meu… – calou-se. Não queria voltar àquilo. Deixara o passado para trás e não queria arriscar o futuro que, com tanto esforço, construíra.

– Vamos, diz. Sou o teu…?

– Tu sabes – respondeu ela com brusquidão, ao mesmo tempo que lhe lançava um olhar fulminante, o qual não produziu nenhum efeito nele, a julgar pelo seu sorriso. – É melhor dizeres-me que tipo de café queres antes que me arrependa e te mande embora.

Ele desatou a rir-se, o que, em vez de a irritar, lhe provocou um desejo enorme de se unir a ele. Era o que sempre fizera: fazê-la rir-se, conseguir que visse o lado divertido de qualquer situação. Era um homem que via sempre o copo meio cheio e, para ela, isso fora maravilhoso, como muitas outras coisas nele. Apertou os dentes.

– Queres um café? – repetiu.

– O mesmo de sempre, por favor.

– Em seguida – virou-se e apercebeu-se do seu erro demasiado tarde, pois ele ter-se-ia apercebido de que recordava como gostava do café. Não era um bom começo para lhe demonstrar que esquecera totalmente a sua existência.

A mão suave no seu ombro desconcertou-a.

– Cam, vou cumprimentar umas pessoas que conheço. Já volto.

Virou-se e deixou-a ali, agitada e confusa, olhando para o seu rabo. O facto de a tratar por Cam revivera nela a lembrança de um sábado de manhã em que ele chegara a Rainbow Creek, entrara no café dos pais dela, olhara para a chapa com o seu nome e dissera: «Um café expresso, por favor, Cam», enquanto lhe piscava o olho e sorria. Apaixonara-se por ele instantaneamente, por aquele construtor despreocupado que lhe roubara o coração e o orgulho quando a deixara.

Quanto ao seu rabo… firme e ao qual as calças de ganga se adaptavam muito bem… Não, não ia pensar há quanto tempo não o admirava, não o agarrava…

– Não, não – disse, ao mesmo tempo que pegava na ponta da sua trança e brincava com o elástico. O dia de São Valentim afectara a sua capacidade de raciocinar e, enquanto murmurava coisas desagradáveis sobre o Cupido, atravessou o café e foi para trás do balcão.

Um café expresso, muito forte, com duas colheres de açúcar, e o despreocupado Blane de sorriso encantador tiraria dali o seu rabo atraente e deixaria que ela continuasse a fazer o que melhor sabia: gerir o melhor café de Melbourne.

 

 

– Olá, como vão os planos? – Blane sentou-se ao lado dos dois homens que estavam a ajudá-lo a fazer com que os seus sonhos se tornassem realidade. Um complemento dos seus sonhos, pensou, enquanto olhava para o balcão, atraído pela morena atraente que prestava uma atenção exagerada à máquina de café. Como mudara!

O seu cabelo crescera e usava-o apanhado numa trança comprida, os três brincos em cada orelha tinham sido reduzidos a um e o corpo magro que tão bem recordava desenvolvera umas curvas maravilhosas das quais não conseguia desviar o olhar. Embora a maior mudança se tivesse produzido na sua personalidade. Não restava nada da rapariga espontânea e influenciável que conhecera e amara. Fora substituída por uma mulher directa e segura de si mesma que não hesitara em dizer-lhe como a sua visita não lhe agradava.

Não esperara outra coisa, pois merecia-o depois do que fizera, contudo, não tivera escolha. Ao olhar para o café, constatar que o sonho de Camryn se tornara realidade, e voltar a dirigir o olhar para ela, que preparava o café com destreza, soube que fizera bem.

Além disso, por muito que ela fingisse que a sua presença lhe era tão agradável como uma barata no café, a forma como os seus olhos castanhos tinham brilhado quando o vira e a forma como reagira quando lhe tocara davam-lhe esperança.

– Vê por ti mesmo – Dirk, o marceneiro, empurrou os planos para ele. – O arquitecto efectuou algumas mudanças nos quartos de hóspedes, como sugeriste. O que achas?

Blane examinou-os e esfregou a nuca, um hábito que adquirira enquanto estudava inúmeros relatórios financeiros durante os anos que a Construções BA demorara para se transformar numa das empresas mais importantes da construção na Austrália.

– Parecem-me bem.

O cheiro a café desviou a sua atenção dos planos para o balcão, onde Cam punha a chávena num pires. Observou-a com a mesma atenção que os planos. Observou os cabelos que tinham fugido da trança e emolduravam o seu rosto em forma de coração, as maçãs do rosto salientes, os lábios demasiado grossos. Desviou o olhar para o top que tinha vestido, cujas cores combinavam com as cores do local, cor-de-rosa, azul e dourado, e depois olhou para o decote, e recordou o toque dos seus seios, os sons que Cam emitira na primeira vez que os acariciara…

Um assobio agudo interrompeu os seus pensamentos eróticos. Levantou o olhar, que se cruzou com o dela, interrogante e desafiante, como se o tivesse apanhado a olhar para ela. Com um dedo, assinalou-lhe a chávena de café fumegante.

– Eu disse-te que Cam é fantástica. Serve o melhor café desta zona. Mike e eu vimos sempre aqui quando temos de falar.

Blane nunca agradeceria o suficiente a Dirk por lhe ter dado aquela informação quando chegara a Melbourne, uma semana antes. Mal começara a procurá-la e já a encontrara. Não tinha intenção de a deixar fugir daquela vez.

O facto de Mike e Dirk lhe terem dito que Camryn precisava de alguém que coordenasse as obras do seu apartamento fora uma questão de sorte. Assim que soubera onde estava, decidira ir procurá-la, contudo, ao descobrir de que queria fazer obras, esperara uma semana, pois sabia que reagiria melhor no plano profissional do que no pessoal.